quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Comitiva africana discute com Reitor relações Brasil-África

Postado em:21/10/2010

Políticas contínuas para as relações do Brasil com a África pautaram o encontro do Reitor Jesualdo Farias com comitiva de escritores, historiadores, artistas plásticos e professores africanos na UFC.

Os convidados estão participando, em Fortaleza, do III Festival UFC de Cultura, que aborda, neste ano, o tema “O Ceará, África, Lusofonia: Encontros e Diálogos Além-Mar”.

Na manhã desta quinta-feira (21), o Prof. Jesualdo Farias recebeu o embaixador Daniel Pereira, de Cabo Verde; o consultor Filipe Zau, do Ministério da Educação de Angola; o historiador Jacques Depelchin, do Congo; a professora angolana Ana Mônica Lopes (Universidade Federal de Alagoas); o professor de História Alain Pascal Kaly, do Senegal; e o professor da Universidade de São Paulo (USP) Kabengelê Munanga, da República do Congo.

O nível das relações atualmente firmadas entre a UFC e algumas universidades africanas, principalmente a de Cabo Verde, foi destacado pelo Reitor. Ele lembrou as visitas feitas pela Comissão da Universidade àquele País e a equipe caboverdiana que aqui esteve, informando que ações concretas já terão inicio em 2011. Dentre as iniciativas, destacou cursos de mestrado. A Universidade Internacional da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) também foi apontada como mais um passo dado para o estreitamento das relações .

Filipe Zau, do Ministério da Educação de Angola, lamentou a falta de integração, trânsito e comunicação entre os países de língua portuguesa, apesar da existência de entidades como a Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) e o Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP). Uma política específica para a circulação de livros na África e no Brasil foi outro ponto abordado pelo consultor, lembrando que, no momento, os melhores textos sobre História da África são editados em inglês ou francês e que, mesmo os escritos em português, são “caros como perfume francês”.

O Prof. Jesualdo Farias reconheceu a dificuldade de fortalecer relações entre o Brasil e a comunidade africana em geral (não apenas os lusófonos), que tem ocorrido através de esforços isolados. O gestor concordou com a opinião dos demais sobre a necessidade de projetos estruturantes no setor.

Fonte: Site UFC

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